Guadimonte distinguida com prémio “Floresta é Sustentabilidade”

“É com orgulho que Castro Marim recebe esta distinção no topo dos projetos a nível nacional. O projeto nasceu das lágrimas derramadas sobre o solo ardido em agosto de 2021 e hoje é esperança e exemplo nacional”, salientou Filomena Sintra.

Este prémio tem como objetivo reconhecer e distinguir projetos sustentáveis e inovadores, com importância social e ambiental, na área das florestas.

O júri era presidido por Assunção Cristas e constituído por representantes de diversas entidades como a Direção-Geral de Energia e Geologia, a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Associação Zero, a Confederação Empresarial de Portugal, o Centro Pinus, a Associação Portuguesa da Cortiça, o Clube Português de Imprensa e a Direção-Geral das Atividades Económicas.

A Guadimonte é a primeira cooperativa agrícola do território do Baixo Guadiana, constituída por vários jovens agricultores, que tem como objetivo reflorestar os solos ardidos no incêndio de agosto de 2021 na serra de Castro Marim.

Outro dos objetivos da Guadimonte é combater a desertificação e o despovoamento do interior, com um trabalho coeso que vai desde a produção agrícola, passando por toda a cadeia de valor, até à criação de uma marca territorial.

A investigação é liderada pela Universidade do Algarve desde o estudo e monotorização dos solos e do ar, até ao crescimento da biodiversidade. É considerado um grande projeto de sequestro de carbono, que começara com uma ação de voluntariado associada ao Zoomarine.

O território do interior do Baixo Guadiana é uma zona considerada das mais sensíveis da Europa, classificada pelas Nações Unidas como estando em risco de desertificação.